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Babi Yar: O Massacre Silenciado que se Tornou Símbolo do Horror do Holocausto


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Em setembro de 1941, o desfiladeiro de Babi Yar, nos arredores de Kiev, tornou-se cenário de uma das maiores e mais brutais execuções em massa da Segunda Guerra Mundial. Em apenas dois dias — 29 e 30 de setembro — unidades dos Einsatzgruppen C, apoiadas pela polícia alemã e por colaboradores ucranianos, assassinaram quase 34 mil judeus. As vítimas foram obrigadas a caminhar até o desfiladeiro, deixar seus pertences, despir-se e, em seguida, foram fuziladas em grupos, caindo umas sobre as outras no abismo que se transformou em vala comum.


O massacre fez parte do plano nazista de exterminar a população judaica da Europa Oriental. A velocidade e a frieza com que foi executado fizeram de Babi Yar um símbolo do genocídio industrializado que marcou o Holocausto. Mas o horror não terminou ali. Em 1943, diante do avanço do Exército Vermelho, os nazistas tentaram apagar as evidências do crime: prisioneiros foram obrigados a desenterrar os corpos e queimá-los, numa tentativa desesperada de ocultar a escala da matança.


Babi Yar, no entanto, não vitimou apenas judeus. Ao longo dos meses e anos seguintes, o desfiladeiro tornou-se local de execução de ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, pacientes de hospitais psiquiátricos e opositores políticos ucranianos. O total de mortos pode ter ultrapassado cem mil pessoas.


Após a guerra, a verdade sobre Babi Yar enfrentou outro tipo de apagamento. A União Soviética evitou reconhecer a natureza antissemita do massacre, referindo-se às vítimas judias unicamente como “cidadãos soviéticos”. Monumentos e documentos oficiais omitiram durante décadas a identidade das primeiras e principais vítimas, apagando parte essencial da memória histórica do local.


Foi graças à persistência de poetas, sobreviventes, pesquisadores e defensores da memória — como o escritor Yevgeny Yevtushenko e o compositor Dmitri Shostakovich, que transformaram o horror de Babi Yar em denúncia artística — que o mundo voltou seus olhos ao desfiladeiro. Seus esforços impediram que o massacre caísse no esquecimento e garantiram que sua história se tornasse um marco na luta contra o negacionismo.


Hoje, Babi Yar permanece como um lembrete contundente de que crimes desse tipo não são sustentados apenas pelo ódio — mas também pelo silêncio, pela omissão e pela cumplicidade. Preservar sua memória é um passo essencial para evitar que tais atrocidades voltem a se repetir.


Fonte: SBdeHolanda

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